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Arquitetos: Batlleiroig
- Área: 8 m²
- Ano: 2018
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Fotografías:Jordi Surroca
Descrição enviada pela equipe de projeto. Uma pequena operação cirúrgica que articula o território metropolitano.
O escritório de arquitetura Batlle i Roig Arquitectura projetou uma ciclovia de 890 metros, uma pequena operação cirúrgica que conecta o Fórum com a Estrada das Águas, o Parque Collserola, e com Esplugues e outras cidades do Baix Llobregat ao longo da Avenida Diagonal.
"O desafio no planejamento urbano nos próximos anos é ajudar a quebrar as barreiras que foram construídas entre os espaços naturais e a cidade." Enric Batlle
O projeto está localizado em uma das áreas mais complicadas da rede rodoviária metropolitana, o cruzamento que liga a Avenida Diagonal de Barcelona com a Avenida dels Països Catalans de Esplugues de Llobregat e que tem sido uma barreira para pedestres e bicicletas por 60 anos. O firme e determinado compromisso da Batlle i Roig pela mobilidade ativa e por uma cidade mais biofílica levou-os a projetar uma ciclovia com declives suaves em um ambiente revitalizado e com tratamento paisagístico que atua como um mirante sobre a cidade e conecta a rede urbana de ciclovias com o sistema de espaços livres do Parque Collserola.
Com o intuito de impactar o mínimo possível o terreno natural, o projeto, por um lado, se adapta às características morfológicas do local - uma topografia variável com cruzamentos de infraestrutura em diferentes níveis - convertendo-se ora em uma passarela a 5 metros acima dos veículos, ora em um túnel através de uma passagem subterrânea abandonada de 2,5 metros de altura. Por outro lado, a nova ciclovia integra-se na paisagem, ajustando suas inclinações ao nível das margens da estrada e utilizando o sistema de contenção cheios de pedra de Collserola, que é disposto diretamente no solo e permite uma Intervenção seca, mais sustentável e mais respeitosa com o ambiente natural.
O caminho tem uma largura de 4,50 metros e distingue a circulação de pedestres e ciclistas com duas faixas adjacentes e com diferentes acabamentos, tanto na cor quanto na textura. Esta definição permite que a ciclovia, com uma largura de 2,30 metros, mantenha a continuidade e a homogeneidade ao longo do percurso, ao mesmo tempo que facilita a relação entre os pedestres e a natureza, graças a uma série de afastamentos que se adaptam à geometria da encosta natural e da mata existente. Nestas seções largas, de até 4,50 meros, foram definidas pequenas áreas de permanência, equipadas com bancos, cadeiras e bicicletários, para encorajar seu uso como mirante para a Avenida Diagonal e a cidade.
As pedras ferruginosas, o pavimento oxidado e o guarda-corpo de aço corten conferem ao conjunto uma unidade, que difere da grande infraestrutura rodoviária, estabelecendo uma melhor relação com os espaços ajardinados próximos. A vegetação escolhida, para as novas árvores e para o paisagismo das margens do trajeto, são espécies nativas de baixa exigência hídrica e com floração sazonal, que oferece diferenças cromáticas e variados odores ao longo do ano. Além disso, um grande esforço foi feito para conservar a vegetação existente e incorporá-la aos bolsões criados ao longo do caminho.
A nova ciclovia feita por Batlle i Roig transformou um espaço esquecido e negado para as pessoas em um espaço de encontro e continuidade urbana para a comunidade metropolitana. Uma via verde, com circulação calma que evoca as estradas rurais longes da cidade e a grande infraestrutura viária.